segunda-feira, dezembro 18, 2006

Quando a ficha cai...


Algumas vezes, passamos longo tempo apostando numa relação, acreditando que pode dar certo e que ainda não esgotamos todas as possibilidades. Alimentamos idéias que julgamos ser compartilhadas com o outro, sentimentos que nos parecem recíprocos e, deste modo, vivemos uma ilusão sem nos darmos conta.É claro que quando isso acontece, nunca somos totalmente ingênuos a ponto de não questionarmos nada, de em nenhum momento duvidarmos da profundidade e da veracidade sobre o que está acontecendo. Afinal, bem lá no fundo, por mais que tentemos negar, sabemos quando algo não vai bem num relacionamento; sentimos quando um encontro é duvidoso, quando as palavras parecem suspensas, quando as atitudes são frágeis demais.Mas ainda assim, insistimos. Chegamos a perder a noção de nossos próprios limites e já não sabemos o quanto queremos, o quanto merecemos. Perdidos num desejo que parece maior que os fatos gritando diante de nossos olhos, somos capazes – algumas vezes – de cometer insanidades em nome de uma conquista.Até aí, creio que tudo isso seja, sobretudo, humano. Não há pelo que se lamentar; somente o que aprender! Mesmo porque, para quem está comprometido com seu amadurecimento, em busca de uma condição mais evoluída, há de chegar o momento em que, finalmente, a “ficha cai”!Depois de recorrentes decepções, a gente compreende e consegue enxergar o que existe de fato e o que não existe e simplesmente nunca vai existir; tal qual um veredicto – a exemplo do título do livro de Greg Behrent e Liz Tuccillo: “Ele simplesmente não está a fim de você”.É isso: o outro não gosta, não quer, não está disposto e a gente se recusou veementemente a aceitar e respeitar esse direito que ele tem .Mas quando a “ficha cai”, é como se algemas se abrissem, cordas se desamarrassem, correntes se desenlaçassem: livres, enfim, estamos livres! Tornamo-nos libertos de uma mentira que contamos a nós mesmos.Percebemos, felizmente, que o caminho por onde andávamos não nos levaria a lugar algum. E, de repente, a gente desperta, como quem sai de um sonho confuso e angustiante: acordamos! E como é bom estar desperto!! Livres para viver um novo amor...

Um comentário:

Anônimo disse...

Todo o ser encarnado deve vivenciar ,interagir,aprender, ensinar,se frustrar e se lapidar...
Só será merecedor do verdadeiro amor , aquele que trilhar de forma honesta e íntegra os caminhos e pedras que surgirem diante de suas vidas...
Sempre é melhor ser humilhado do que humilhar,amar que ser amado(quando não for a hora certa da plenitude e reciprocidade),ajudar do que ser ajudado...
Somos constantemente testados e expiados para que no decorrer de nossas vidas sejamos reavaliados em nossas mais profundas aspirações...Foste uma boa mãe?Um bom Pai?Um bom amigo?Um bom se humano?Fizestes o bem?Foste generoso?Leal?Fiel?Amaste a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a ti mesmo?Retribuíste o mal com o bem?Perdoaste?Se assim fizeste,fizeste de ti uma alma nobre, mais limpa , iluminada e pura, então foste merecedor de sentir ainda em vida a felicidade que tando acrediavas e que realmente existe para poucos aqui neste mundo...
Não importa que caminhos trilhamos , que porta adentramos,o mais importante é termos sido sempre o que realmente somos e mesmo que tenhamos saído lesados em mente e corpo, teremos saído RICOS EM VALOR DA ALMA ,e nenhum homem e nada seria capaz de retribuir ou entregar sua recompensa merecida por sua vitória a não ser o próprio DEUS.
Beijo na sua alma:
Seu verdadeiro amor...