segunda-feira, junho 14, 2010

Sabedoria Barata

Vou trascrever o dicionário
Pra te encher de sabedoria
Enquanto vomito minhas mágoas
Não, eu não vou te usar
Nem cansar seu pobre português
Nem te fazer ler todo meu lirismo
Que de tão pobre rima com achismo
Pra quem se acha, se acha, se acha.
É que eu ando tão cansada
E esse cansaço eu nem sei se é sono
Já que ontem nem dormi
Eu andei por aí sonhando acordada
Já era tarde e nem vi passar o dia
E por falar em dia, como foi o seu?
Ainda repete os mesmos erros?
Eu juro, até gostava e nem ligo
Se não conjuga bem nosso pretérito
Já que "nosso" e passado então
Pra você nunca existiu, faz bem
Você que parece jamais envelhecer
Assim olhando a tua cara eu te daria ainda
Vinte anos e mais vinte te daria
Eu tô brincando...
Faz bem você de viver só o presente
Faz bem, por mais que mal me faça
Até gosto do seu tempo no presente
Por mais que me cause tanta impáfia
Pensando bem, nem vou te perguntar
O que fez ontem e com quem estava
Pois é, eu continuo a mesma
Dormindo pouco, esquecendo de beber água
E tentando falar pouco, amar menos
E também ser menos dramática
Sabe que ando odiando poesia?
É que nem posso ouvir falar
Daquela maldita palavra e
Do jeito que me chamava
Amor... Eu nem queria estar aqui
Mas você sabe e me conhece
É tudo culpa dessa sabedoria barata
Dessa minha estúpida mania de expor
A falta de vergonha na cara
De quem se acha, se acha, se acha.

Um comentário:

Ft disse...

Se acha... e nunca encontra.
rsrsrs
Beijos.